A palavra clown (pronuncia-se “cláun”) apareceu no século XVI. Este vocábulo remete-nos a colonuns e clod, significando um fazendeiro ou rústico, torpe e, de qualquer maneira, o clown foi sempre campesino . Outra origem é na língua celta, designando originalmente um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado, indicando, num outro momento, aquele que, com artificiosa torpeza, faz o público rir.
    Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Palhaço vem do italiano e se relaciona, geralmente, à feira e à praça; já o clown refere-se ao palco e ao circo. Mas, na linguagem do espetáculo, as duas palavras confluem em essências cômicas.
    De alguma forma, essas manifestações estão em contato conosco no cotidiano: pessoas engraçadas que encontramos na rua, no ônibus, no aeroporto, na família, no meio de amigos ou nos meios artísticos. Esse contato basta para identificar os “clowns na vida”, como disse Fellini.
   Clown é a pessoa que fracassa, que bagunça sua vez e, fazendo isso, dá à audiência o senso de superioridade. Através de seu fracasso, ele revela sua profunda natureza humana, que nos comove e nos faz rir, é um perdedor feliz.


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